Moradores do Garavelo comemoram transformação do Parque Tamanduá

Por Frederico Noleto

14 de setembro de 2017

Por Frederico Noleto

14 de setembro de 2017


Foto: Frederico Noleto

Aparecida de Goiânia 14 de setembro de 2017 – Os moradores das imediações do Parque Tamanduá – um dos mais antigos e importantes do município de Aparecida de Goiânia, localizado no setor Garavelo – estão extremamente orgulhosos da beleza e suntuosidade e comemoram a obra de contenção da enorme erosão que durante décadas causou os mais variados incômodos. “Antes da obra nenhum entregador queria vir fazer entrega na minha casa porque dava o maior trabalho. Com isso, tínhamos que atravessar até o outro lado do bairro para fazer qualquer tipo de compra. Imagina o que significa isso para uma pessoa de idade como eu?” – conta Aristeu Santana, de 86 anos de idade, morador do bairro há mais 30 anos. Para a moradora Jucimara Noronha, que se mudou para a região um pouco antes do antigo problema ficar realmente grave, foi uma benção a solução definitiva. “Não passo um dia sem vir caminhar no parque. Inclusive é dever nosso ajudar a preservar tudo isso aqui” – completa.

A comemoração se deve à recente inauguração do parque que, após ser classificado como Situação e Emergência, quando as ruas e as casas de suas imediações começaram a ser engolidas pela mega erosão formada às margens do córrego, sofreu da prefeitura diversas intervenções e foi totalmente revitalizado. Dados da Secretaria de Infraestrutura, responsável pela realização do projeto e fiscalização da obra, mostram que ao todo foram investidos cerca de R$ 20 milhões para recuperar o problema. “O projeto consistiu na implantação da canalização do córrego, na ampliação do sistema de captação e de drenagem de todo o bairro, a realização do aterro e compactação do solo na área erosiva e, por fim, a pavimentação de todas as vias danificadas pela erosão ou pela própria obra” – pontua o secretário da pasta, Mário Vilela. Para Matheus Silva, que cresceu nas intermediações do parque, a obra mudou para sempre a vida da região. “Foi uma maravilha, trago minhas crianças aqui todos os dias”.

A recuperação do parque teve início em junho de 2014 e, por conta de alguns impasses quanto ao repasse, foram três anos até que as obras fossem totalmente concluídas, atravessando duas administrações. O prefeito Gustavo Mendanha realizou um ato de inauguração oficial durante a última edição do Aparecida em Ação, que foi realizado no setor no começo do mês. O projeto foi financiado pelo Governo Federal, via Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, logo após a região erosiva ter sido cadastrada como Situação de Risco. “Tivemos uma ação bastante enérgica na época, tanto para garantir no primeiro momento a segurança dos moradores quanto na rápida realização de um projeto que realmente resolvesse o problema de forma definitiva. Para isso era preciso modernizar o sistema de drenagem e garantir a correta destinação das águas pluviais no leito do rio” – explica Mário Vilela.

Segundo o superintendente de Obras da Prefeitura, engenheiro Roberto Lemos, foram 2,2 mil metros de estrutura em gabião para a canalização do leito do Córrego Tamanduá, 3 mil metros lineares de galerias implantadas em todo o bairro, 150 bocas de lobo, 684 m² de calçamento com emulsão asfáltica ao redor do parque, 367 m² de alambrado recuperados, 500 metros lineares de meio fio e 18 mil m² de ruas pavimentadas. Também foram utilizados mais de 30 mil caminhões de terra para o aterro e a compactação do solo na área erosiva, o equivalente a 268 mil metros cúbicos de terra. “Na parte de captação e de drenagem, implantamos bocas de lobo e galerias onde não havia. Onde já havia, mantivemos a estrutura existente e implantamos uma nova. Em alguns pontos duplicamos e em outros até triplicamos. O sistema agora suporta com tranquilidade toda a vazão de água e faz a destinação correta no córrego. O risco de novos acidentes neste sentido agora é zero” – garante o superintendente.

História

O Parque Ecológico Municipal do Tamanduá foi criado no ano de 2004 por meio da Lei de número 2.435. O nome faz homenagem ao Córrego Tamanduá, que nasce na região. Com cerca de 9 quilômetros de extensão, o córrego pertence à Bacia do Santo Antônio.  A ideia inicial era de preservar sua nascente e a mata ciliar às suas márgens. No entanto, não foi o suficiente para evitar o aumento do antigo problema das voçorocas provocadas em decorrência da falta de dimensionamento das águas que escoariam pela região com a impermeabilização do solo resultante da pavimentação dos bairros adjacentes ao longo dos anos. Em 2013 o solo do asfalto das imediações do parque começou a se romper, abrindo uma enorme cratera e colocando em risco a vida dos moradores das proximidades.

Segundo Defesa Civil de Aparecida, a erosão do Parque Tamanduá já foi recuperada ao menos cinco vezes ao longo dos últimos trinta anos. No entanto foi em 2009 que foram iniciados estudos para recuperação definitiva da área. Mas o ápice do problema se deu em abril de 2013, quando foi decretada Situação de Emergência em função do risco de desmoronamento de ruas e casas localizadas ao longo da Bacia do Rio Tamanduá. Em 2014 o projeto recebeu o investimento de R$ 19 milhões pelo Governo Federal. A Secretaria de Infraestrutura realizou a obra que recuperou totalmente o problema da erosão. Em setembro deste ano a Secretaria de Desenvolvimento Urbano realizou um último benefício na região com a obra de revitalização da Praça Joaquim José Cardoso, que fica às margens do parque. A praça recebeu uma Academia de Terceira Idade (ATI) , playground e bancos novos.

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