Alunos de Aparecida criam primeiro meliponário

Por Juliana Fulquim

25 de maio de 2023

Por Juliana Fulquim

25 de maio de 2023


Foto: Wigor Vieira

Ação da Escola Municipal Terra Prometida é a primeira do modelo em Goiás e visa incentivar ações pedagógicas e de sustentabilidade ambiental

Nesta quinta-feira, 25, os estudantes do primeiro ao quinto ano da Escola Municipal Terra Prometida, que fica na região do Polo Industrial, tiveram uma aula diferente. É que a unidade educacional, numa ação que promove o aprendizado científico e estimula práticas voltadas para a sustentabilidade, fez o lançamento do Projeto Meliponário Escola Terra Prometida. Este é o primeiro meliponário criado em âmbito escolar no Estado de Goiás. Os meliponários são os abrigos das abelhas que não possuem ferrão.

O meliponário foi construído no fundo da unidade escolar em espaço devidamente decorado com o objetivo de atrair o interesse das crianças. O lançamento do espaço foi acompanhado pelos alunos e professores e também por pais da unidade escolar. Juntamente com as crianças, eles participaram das explicações realizadas pelo meliponicultor Cleiton Aquino, que explanou sobre a importância das abelhas para o equilíbrio da vida no planeta, já que elas são responsáveis por grande parte da polinização das plantas.

“Há cerca de 300 espécies de abelhas brasileiras. Aqui no meliponário da escola Terra Prometida teremos cinco espécies diferentes de abelhas sem ferrão, que não representam perigo para as crianças”, explicou.

A Escola Municipal Terra Prometida atende 450 crianças do Agrupamento IV da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental e, segundo a diretora, Leomara Aquino, este será o primeiro meliponário construído em uma escola pública de Aparecida de Goiânia. As abelhas fazem parte da espécie Jataí, que é uma das abelhas mais adaptadas ao ambiente urbano.

Os animais foram resgatados dos escombros de uma casa demolida, cuja área passou a fazer parte do terreno da escola recentemente. “Antes da casa ser demolida, identificamos duas colmeias nas paredes e, conversando com os alunos, percebemos que a maioria sequer sabia da existência de abelhas sem ferrão. Isso nos motivou a criar um meliponário na escola, tanto para desenvolver o trabalho pedagógico, quanto para incentivar práticas de cidadania e de sustentabilidade”, comentou.

Natan Miguel, 10, aluno do 5º ano é um dos alunos que acompanhou com expectativa a abertura dos ninhos. Explicou que desde o 3º ano a escola já vem aprendendo sobre a importância das abelhas para a vida. “A professora nos ensinou que 70% da polinização das plantas são feitas pelas abelhas. Sem elas não teríamos os alimentos”, comentou.

Para Sabrina Mendes, 28, mãe de dois alunos matriculados na escola, o projeto vai acrescentar na vida das crianças e da comunidade em geral que aprendem a respeitar e a conviver com esses insetos. “Confesso que num primeiro momento, até fiquei apreensiva, pois não tinha clareza da diversidade de abelhas e nem que grande parte delas não possui ferrão. O projeto fortalece nosso conhecimento e nos faz valorizar ainda mais a natureza, sabendo da importância delas para o meio ambiente”, enfatizou.

A ação tanto empolgou a comunidade escolar que o Projeto Meliponário Escola Terra Prometida será trabalhado durante as aulas na perspectiva transversal e interdisciplinar pelos professores. O projeto foi inserido ainda no Programa Agrinho, uma iniciativa do Governo do Estado voltado para as escolas das redes pública e privada, que buscam desenvolver atividades com vistas a estimular a melhoria da relação dos homens com o meio ambiente.

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