Aparecida e cidades da região metropolitana promovem isolamento social por sete dias

Por Daniela Ribeiro e Rafael Freitas

27 de fevereiro de 2021

Por Daniela Ribeiro e Rafael Freitas

27 de fevereiro de 2021


Foto: Rodrigo Estrela

Medidas foram adotadas para reduzir o contágio da doença e evitar o colapso no sistema de saúde

Foi publicado no final da tarde deste sábado, 27, no Diário Oficial Eletrônico de Aparecida de Goiânia, a Portaria N° 012 GAB/SMS, que estabelece orientações operacionais em atenção às medidas de enfrentamento da pandemia. O documento promove o isolamento social na cidade. Conforme a portaria, a partir da próxima segunda-feira, 01 de março, todas as atividades econômicas deverão ficar fechadas por sete dias no município, salvo serviços essenciais e demais exceções. A medida, que foi adotada com o objetivo reduzir a transmissão e contágio da Covid-19 e evitar o colapso no sistema de saúde da cidade, foi tomada em conjunto com todas as cidades da Região Metropolitana de Goiânia (RM) e conta com o apoio do governo do Estado, das entidades do setor produtivo e do Fórum Empresarial Goiás.

A última reunião antes da publicação da portaria foi realizada na tarde deste sábado, no Palácio das Esmeraldas, e contou com a presença do prefeito Gustavo Mendanha, do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz e do Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, além dos prefeitos de outras cidades da RM e dos secretários de Saúde de cada município. “Nós tivemos que tomar essa decisão em razão do aumento da transmissão da Covid-19 nas cidades e consequentemente do agravamento da doença, levando os pacientes a serem internados. Até semana passada estávamos com 60% dos leitos de UTI ocupados e hoje já são 90%. O momento é grave e de grande preocupação, por isso, mais do que nunca é importante que todos entendam e colaborem”, enfatizou o prefeito Gustavo Mendanha.

O gestor pontuou mais uma vez, durante coletiva à imprensa realizada após a reunião, que o ser humano age pelo instinto de sobrevivência: “No início da pandemia nós fechamos a cidade por um período para poder organizar a rede saúde e atender adequadamente todos os pacientes com a Covid-19. Depois fomos abrindo as atividades de forma responsável. Promovemos o isolamento social intermitente por escalonamento regional, abrimos 130 leitos de UTI e 110 de enfermaria. Mas agora precisamos buscar um entendimento razoável para evitar que nosso sistema entre em colapso como aconteceu em outras cidades do país e para preservar a vida dos goianos”.

Gustavo Mendanha foi enfático e fez um apelo à população: “Evite sair de casa nesses dias para podermos conter o avanço da doença e para que possamos atender nossos doentes com qualidade. Não promova aglomerações e respeite o isolamento social. Caso alguém precise sair de casa, use máscara e higienize sempre as mãos lavando com água e sabão ou use álcool em gel. São apenas 7 dias que vão valer por vidas inteiras”, destacou o prefeito, informando que a administração vai continuar fazendo a parte dela que é testar, monitorar e tratar a quem precisa com dignidade e qualidade, além de fiscalizar o cumprimento de todas as regras sanitárias.

Durante a coletiva, o governador Ronaldo Caiado afirmou que o momento é delicado e lembrou que é preciso do apoio da população. “Temos que ter a convicção de que não são apenas as autoridades políticas que vão resolver os problemas. É necessário o apoio da população. Que as pessoas reflitam e que elas sejam responsáveis”, disse. O Promotor de Justiça Ailton Vechi completou: “Esse é o momento mais grave que enfrentamos da pandemia e considero exemplar a postura do governo e dos prefeitos da região metropolitana”. O secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, também ressaltou que “a subida exponencial de casos graves supera os leitos de UTI’s disponíveis. Espero que a população faça a sua parte e não espere um familiar morrer para acreditar na pandemia”.

Mais leitos
O secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães, explicou que as decisões foram construídas em conjunto para que fosse possível passar o momento sem colapsar o sistema. “Desde o início da pandemia, Aparecida vem conquistando um equilíbrio positivo entre a parte econômica, social e preservando vidas. Testamos em massa, monitoramos os positivos e abrimos leitos para atendimento dos pacientes. Essas estratégias continuam. Seguimos testando, monitorando e cuidando. E vamos abrir mais 10 UTI´s no Hospital Municipal, na próxima semana, além de mais 30 leitos de enfermaria. Aliado a isso, a população precisa fazer o isolamento social, ficando em casa e se prevenindo. Temos que entender a dificuldade deste momento para não faltar leitos”, salientou o secretário.

Portaria
Conforme texto da portaria, fica decretado que que todos os estabelecimentos de atividade econômica devem ficar fechados por 07 (sete) dias seguintes à publicação do documento, com EXCEÇÃO das seguintes atividades essenciais, exclusivamente aquelas realizadas: Estabelecimentos de saúde relacionados a atendimento de urgência e emergência, unidades de psicologia e psiquiatria, hematologia e hemoterapia, oncologia, neurocirurgia, cardiologia e neurologia intervencionista, pré-natal, unidade de terapia renal substitutiva, atendimentos de emergências odontológicas, farmácias, drogarias, clínicas de vacinação, clínicas de imagem, serviços de testagem para covid-19, unidades de atendimentos ambulatoriais em saúde de instituições de ensino superior, além de laboratórios de análises clínicas.

Também podem funcionar em caráter excepcional cemitérios e funerárias, conforme determinações de Portaria municipal específica; distribuidores e revendedores de gás e postos de combustíveis; hospitais veterinários e clínicas veterinárias, incluindo os estabelecimentos comerciais de fornecimento de insumos, gêneros alimentícios e higiene para este seguimento, tais como pet shops; estabelecimentos comerciais que atuem na venda de produtos agropecuários exclusivamente na modalidade delivery e mantendo-se presencialmente o quantitativo de 50% (cinquenta por cento) dos funcionários; agências bancárias, conforme legislação federal; casas lotéricas; e produtores e/ou fornecedores e/ou transportadoras de bens ou de serviços essenciais à saúde, à higiene e à alimentação, que garantam a logística da cadeia produtiva bem como os estabelecimentos comerciais e industriais que lhes forneçam os respectivos insumos.

Estão liberados ainda, sempre cumprindo as regras sanitárias em vigor por portaria própria, supermercados, hipermercados, atacarejos de gêneros alimentícios, mercearias, comércio atacadista e distribuidoras de gêneros alimentícios, distribuidoras de água, açougues, peixarias, comércio varejista de laticínios e frios, comércio varejista de hortifrutigranjeiros (frutarias, verdurões); restaurantes e lanchonetes instalados em postos de combustíveis às margens de rodovia, e nos demais casos, somente para retirada no local ou na modalidade delivery; panificadoras, padarias e confeitarias somente para retirada no local ou na modalidade delivery; obras da construção civil relacionadas a energia elétrica, saneamento básico, hospitalares, penitenciárias; dentre outros que podem ser observados diretamente na portaria.

Não podem funcionar feiras, comércio em geral de roupas, calçados e acessórios, academias, igrejas (apenas com atendimento individual, sem cultos ou missas). As escolas continuam funcionando cumprindo as regras já estipuladas como a presença de apenas 30% do total de alunos por sala de aula.

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