Aparecida inicia execução do Programa Estadual de Cirurgias Eletivas

Por Camila Godoy

31 de maio de 2023

Por Camila Godoy

31 de maio de 2023


Foto: Jhonney Macena

Município vai atender pacientes de mais 47 cidades. Primeiros procedimentos da força-tarefa para diminuição da fila em Goiás ocorreram na manhã desta terça, 30, no Hospital Santa Mônica

Aparecida de Goiânia foi o município escolhido para o lançamento do Programa Estadual de Cirurgias Eletivas. A abertura ocorreu na manhã desta terça-feira, 30 de maio, no Hospital Santa Mônica. Com a presença do secretário de Saúde de Goiás, Sérgio Vêncio, do secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, do presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (AHPACEG), Haikal Helou, e da diretora do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems), Patrícia Fleury, o evento reuniu servidores da saúde e imprensa no auditório do Hospital.

Ao mesmo tempo, logo ao lado, no centro cirúrgico do Santa Mônica, aconteciam os primeiros seis procedimentos resultantes da iniciativa para diminuição da fila de cirurgias eletivas em Goiás. O hospital é um dos 68 habilitados pelo programa estadual para execução dos procedimentos. Outras cinco unidades de Aparecida também integram o projeto e vão atender a fila das eletivas: Hospital Municipal de Aparecida (HMAP), Hospital de Olhos, Hospital Garavelo, Hospital São Silvestre e CEMED.

O secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, explicou como o município poderá
atender pacientes de mais 47 cidades pelo programa estadual: “Nossa cidade já vinha trabalhando com o regime de mutirões de cirurgias eletivas desde setembro do ano passado, fazendo com que a nossa fila reduzisse em mais de 50%. Essa estratégia permitiu que hoje possamos atender outros municípios”.

Secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, fala sobre a execução de cirurgias eletivas no município

Estratégias para diminuir a fila em Goiás

Ao apresentar o programa estadual, o subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde de Goiás, Luciano de Moura Carvalho, explicou que o Estado unificou as filas de cirurgias eletivas dos complexos reguladores municipais para conhecer a demanda real dos goianos: “Reunimos dados que estavam espalhados e chegamos ao número de 125 mil pacientes aguardando procedimentos cirúrgicos eletivos em Goiás. Hoje, no país, essa é a fila mais fidedigna”.

Ele explicou ainda que, diante dos dados, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) procurou meios de aumentar a capacidade de atendimento da rede. “Não fazia sentido destinar os recursos desse programa apenas para os hospitais estaduais, que já atendem a fila de cirurgias eletivas de Goiás. Nós buscamos ampliar os executantes, incluindo as redes próprias dos municípios e a rede privada. Dentro do que propomos, cada município vai receber recursos compatíveis com suas demandas e escolher onde os seus pacientes serão operados”, afirmou.

Subsecretário Estadual Luciano de Moura aborda estratégia para diminuição das filas em Goiás

O secretário estadual, Sérgio Vêncio, destacou que além de centralizar a fila, a iniciativa da SES atualizou a tabela SUS, que traz a referência de valores para que o governo remunere os prestadores de serviços à Saúde Pública: “O grande problema do SUS é o subfinanciamento. As verbas enviadas pelo Ministério da Saúde não pagam os custos reais dos procedimentos. Para viabilizar o programa de cirurgias eletivas em Goiás, atualizamos os valores. A União vai continuar fazendo os repasses segundo a tabela SUS, mas aqui o Governo vai complementar. Com isso, conseguimos fechar parcerias com os municípios e a AHPACEG para dar vazão à fila que ficou represada durante a pandemia”.

Financiamento

O gestor detalhou que o Ministério da Saúde, considerando o aumento das filas de cirurgias eletivas em todo o país em decorrência da suspensão dos procedimentos durante o período pandêmico, destinou uma verba nacional para a realização de eletivas. “Os recursos foram divididos entre os estados, de acordo com a população, e Goiás recebeu 20 milhões de reais. Para complementar os recursos e assim viabilizar a diminuição real da fila, o governo estadual destinou mais 20 milhões de reais ao programa. Com isso, esperamos realizar 900 cirurgias extras toda semana”, afirmou.

Secretário Estadual de Saúde, Sérgio Vêncio, explica os repasses financeiros para custeio do programa

Segundo o secretário estadual, até o momento, o Ministério da Saúde liberou 30% dos recursos e conforme as cirurgias forem realizadas, novos repasses ocorrerão. “Da mesma forma, a SES tem feito. O Governo de Goiás destinou 20 milhões nessa primeira etapa, mas o previsto para 2023 são 60 milhões, a depender da produção. Assim, esperamos atender pelo menos 30 mil pacientes goianos que aguardam cirurgias eletivas”, ressaltou Sérgio Vêncio.

União pela saúde pública

Patrícia Fleury, diretora do Cosems, reforçou: “Isso tudo é pactuado bipartide. Nos últimos três meses, municípios e estado sentaram para organizar quais as unidades dentro de Goiás que conseguiriam atender um extra do que já operam normalmente e assim aplacar um pouco da demanda reprimida das eletivas”.

No mesmo sentido, o presidente da AHPACEG, Haikal Helou, afirmou: “Para os hospitais privados, parceiros do programa, não haverá lucro. Porém, vamos cumprir nossa função social e diminuir a fila, ajudando da nossa forma. Temos capacidade de atender essa demanda. Houve toda uma organização. Parabenizo o governo porque conseguiu fazer o que ninguém fez: equacionou.“

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