Coleta Seletiva é foco de programa que será implantado na Rede Municipal de Aparecida

Por Felipe Fulquim

5 de junho de 2019

Por Felipe Fulquim

5 de junho de 2019


Foto: Gedeon Campos

Parceria entre a Secretaria de Educação, a ONG No Olhar e uma cooperativa de reciclagem visa ações práticas nas escolas com alunos e professores no segundo semestre

 

Uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo de Aparecida (Semect), a ONG No Olhar e a Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Materiais Recicláveis Feminina de Aparecida de Goiânia (COORFAP) pretende fortalecer a cultura da coleta seletiva no município por meio de um programa educacional a ser implantado de forma embrionária em sete escolas da rede municipal a partir do segundo semestre deste ano.

Os principais pontos do programa foram debatidos no último dia 27 de maio, em reunião no auditório da Semect, envolvendo o coordenador da campanha, Marcos Wilson, representantes da cooperativa de reciclagem, diretores das unidades escolares e com os técnicos da secretaria. O projeto é uma iniciativa da ONG No Olhar, que tem sua sede no estado do Pará, e conta com o apoio da Tetra Park, empresa que atua principalmente no ramo de embalagens para a indústria de alimentos.

De acordo com Marcos Wilson, que representa a No Olhar e que atua na coordenação deste mesmo programa em outras cidades do país, em Aparecida, a proposta é construir uma agenda de atividades com os alunos envolvendo a reciclagem, voltada para despertar a consciência ambiental e consequentemente para o melhor equilíbrio do planeta. “A ideia é consolidar a cultura de que reciclar o lixo é uma necessidade independente do retorno financeiro que isso possa dar”, explica.

O diferencial da proposta é, segundo o que foi apresentado na reunião, o papel social da campanha. O projeto prevê que todo o material a ser coletado seja destinado à COORFAP, cooperativa sediada no setor Internacional Parque, próximo ao Polo Industrial, de maneira a contribuir com o rendimento das 16 mulheres que atuam na coleta seletiva e que estariam enfrentando problemas na captação de lixo reciclável, comprometendo o rendimento mensal das catadoras.

A presidente da cooperativa, Adriana dos Santos Melo, conhecida como dona Ana da Reciclagem, explica que ultimamente há muita resistência para doar o material reciclável para a cooperativa, seja lixo de empresas ou de residências. “As pessoas querem é nos vender o reciclável e nós não temos condições de comprar, pois somos uma cooperativa”, afirma a presidente acreditando que o projeto será importante para as famílias que recebem mensalmente cerca de R$ 700,00.

Juliana Souza da Costa, que atua na cooperativa, é outra catadora que deposita sua esperança no programa, que segundo ela, além de ampliar o volume do material coletado e consequentemente o rendimento mensal de cada família, poderá contribuir para ampliar a cultura da coleta seletiva. “As cooperadas, em sua maior parte, são mães solteiras, pagam aluguel, são mulher e homem da casa e a esperança é de melhorar o nosso rendimento no rateio mensal feito pela cooperativa”, enfatiza.

Passo a passo

Segundo o coordenador da ONG No Olhar, Marcos Wilson, o programa Coleta Seletiva nas Escolas, que está vinculado ao Projeto Cultura Ambiental nas Escolas, idealizado e mantido pela Tetra Park, será realizado inicialmente em sete unidades educacionais do município.

A ideia é fazer da escola local de referência para a captação de materiais recicláveis, reconhecidas pelos alunos e pela comunidade. O projeto oferecerá aos participantes oficinas de formação e material didático. Os kits, produzidos em material reciclado, formam uma sacola de produtos nos quais se incluem CDs temáticos, cartilhas do aluno e caderno do professor, agenda, caneta, marca texto, além de exemplares como folders, panfletos e cartazes.

O incentivo ao protagonismo nas crianças promete ser uma das tônicas do projeto. Em cada escola será formado um grupo de alunos que assumirá a responsabilidade de ser multiplicador e responsável pela condução do mesmo dentro da unidade de ensino. É o que informa a coordenação do programa assegurando que todas as ações e decisões estarão a cargo dos próprios estudantes. O material recolhido na campanha Coleta Seletiva nas Escolas será depositado em “Eco Pontos”, espécies de containers a ser disponibilizados no recinto escolar, e será destinado periodicamente à cooperativa das catadoras de recicláveis de Aparecida.

O ponto fundamental da campanha, conforme aponta o coordenador é a proposta de mudança comportamental das pessoas. “A gente tem que entender que devemos reciclar para que o material não vá para os aterros, lixões, canais e rios”, explica o coordenador.

Essa é também a opinião da Subcoordenadoria de Programas e Projetos, departamento da Secretaria Municipal de Educação responsável por acompanhar os desdobramentos do programa nas unidades da rede de ensino de Aparecida.

Neuzeli da Fonseca, que atua no departamento e vem intermediando o diálogo entre a ONG No Olhar e as escolas municipais, assegura que a ideia é promover a Educação Ambiental, a fim de torná-la uma discussão frequente no ambiente escolar. “É um projeto importante, porque sua metodologia é diferente, oferece capacitação, material pedagógico, diálogo entre os sujeitos e incentiva o protagonismo”, afirmou.

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