Comitê de Prevenção e Enfrentamento a Covid-19 de Aparecida analisa suspensão do escalonamento regional

Por Daniela Ribeiro

4 de agosto de 2020

Por Daniela Ribeiro

4 de agosto de 2020


Foto: Claudivino Antunes

O escalonamento regional, juntamente com as demais ações de combate à Covid-19 ajudaram a garantir que o sistema de Saúde do município não entrasse em colapso, possibilitando atendimento a todos os pacientes

Em reunião por videoconferência na tarde desta terça-feira, 04, membros do Comitê de Prevenção e Enfrentamento a Covid-19 de Aparecida, avaliaram o pedido da prefeitura para a suspensão do escalonamento regional no município. No fim da reunião ficou decidido que a Secretaria Municipal de Saúde apresentará uma nota técnica para ser analisada nesta quinta-feira, 06, em nova reunião virtual. Após essa análise, será decidido a suspensão ou não do escalonamento, que dividiu a cidade em 10 macrozonas em junho e foi mais uma das decisões tomadas pela administração municipal para evitar que o sistema de Saúde entrasse em colapso, conforme estudos da SMS.

 “Desde o início da pandemia a administração pública está atenta e trabalha diariamente para realizar ações para combater a Covid-19. Após um período de 30 dias da cidade toda fechada, retomamos as atividades econômicas com responsabilidade, seguindo regras rígidas e em junho, dividimos a cidade e começamos o escalonamento regional. Esta forma de isolamento social com o fechamento do comércio por regiões foi muito importante e cumpriu o seu papel. Agora é hora de retomarmos as outras atividades, suspendendo o escalonamento, mas continuando com a guarda levantada, para não termos que voltar e fechar novamente”, disse o prefeito Gustavo Mendanha que enfatizou que fez o pedido, mas que acata todas as decisões tomadas pelos membros do Comitê.   

O Comitê de Enfrentamento foi criado em 16 de março, mesmo antes de ter o primeiro caso confirmado na cidade, e é formado pelas secretarias municipais, Ministério Público Estadual, Câmara de Vereadores, Defensoria Pública, OAB subseção Aparecida, Associação de Feirantes, Associação dos Feirantes de Aparecida, Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), Sesi/Senai, Sebrae Regional Aparecida e Federação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte em Goiás (Femicro-GO). O grupo é coordenado pelo Secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães.

“Suspender o escalonamento regional não significa deixar de cumprir os protocolos de saúde pública para prevenção a Covid-19. Vamos apenas deixar de fechar uma vez por semana como vinha acontecendo. Mas as regras, como disse, continuam vigorando para cada tipo de atividade. E o escalonamento regional, por macrozonas, poderá voltar se a população não contribuir com as normas sanitárias. Eu tenho convicção que a nossa população tem tomado todos os cuidados, claro que uma parte tem transgredido, mas vamos manter a fiscalização, notificação, multa, cassação do alvará para aqueles que não tiverem cumprindo as regras e diretrizes”, destacou o gestor na reunião.

Ações

Nos últimos cinco meses, a Prefeitura de Aparecida adotou diversas medidas para proteger e atender a população na rede municipal de saúde, investindo 23% dos recursos, bem acima do que é exigido pela Constituição Federal, que é de 15%. “Uma das estratégias mais importantes que adotamos foi a ampliação da rede de atendimento. Utilizamos a estrutura que já tínhamos pronta no Hospital Municipal de Aparecida e das nossas Unidades de Pronto Atendimento e Unidades Básicas de Saúde. Assim, implantamos inicialmente 90 leitos, sendo 30 de UTI e 60 de Semi-UTI. Hoje já contamos com 118 leitos ativos de UTI, com capacidade para chegar a 130, e 110 de enfermaria, totalizando 240 leitos exclusivos para tratamento dos pacientes com Covid-19 e estamos testando em massa a nossa população”, sublinhou o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.

Outra ação tomada para combater o coronavírus na cidade foi a ampliação da testagem. Hoje, 04 de agosto, Aparecida é a cidade que mais testa em Goiás, com mais de 54 mil exames RT-PCR, padrão ouro, realizados nos dois drives-thrus (Cidade Administrativa e Centro de Especialidades), três Unidades de Pronto Atendimento (Brasicon, Buriti e Flamboyant) e em sete Unidades Básicas de Saúde. No início da pandemia, Aparecida conseguia realizar 15 testes por semana por meio do Laboratório Central e hoje, com a contratação ainda em abril de um laboratório particular, realiza cerca de mil testes diários.

Ainda em junho a SMS iniciou o monitoramento dos pacientes que testaram positivo e que possuíam mais chances de evolução para agravamento da doença, ou seja, pacientes dos grupos de risco ou com comorbidades. Esse monitoramento é feito nas três Unidades de Pronto Atendimento, também por meio de drive-thru, onde os pacientes realizam, a cada 48h exames laboratoriais para avaliação do estado de saúde durante o período em que estiver positivado. Além disso, foram distribuídos oxímetros, que medem a oxigenação do sangue, àqueles pacientes que também são do grupo de risco.

A última medida tomada pela SMS para ampliar ainda mais a testagem da população, seguindo a recomendação das autoridades mundiais em Saúde, que é testar, monitorar e tratar, foi a busca ativa nos bairros com mais casos ativos de pessoas com os sintomas gripais para que sejam encaminhados para a UBS mais próxima e realizar o exame para detecção do vírus. Os agentes de endemias e comunitários de Saúde percorrem nestas duas semanas, a ação foi iniciada no dia 27 de julho, os bairros Independência Mansões e Buriti Sereno, passando de casa em casa e fazendo um questionário com os moradores para saber se apresentam ou apresentaram sintomas.

Escalonamento – Todas as ações tomadas pela gestão municipal foram embasadas em estudos técnicos da Secretaria de Saúde, pesquisas e recomendações de órgãos e entidades científicas como a Organização Mundial da Saúde (OMS) Ministérios da Saúde e outros.  Em junho, seguindo a matriz de risco do Ministério da Saúde, com uma escala de cenário de verde a vermelho, o município adotou então o Isolamento Social Intermitente com o Escalonamento Regional. Desta forma, a cidade foi dividida em 10 macrorregiões.

No cenário verde-risco baixo, a cada dia da semana de segunda a sexta-feira, duas delas precisariam ficar fechadas totalmente, incluindo alguns serviços essenciais como supermercados, padarias e postos de combustíveis. No cenário amarelo-risco moderado, que é o que a cidade se encontra atualmente, duas macrorregiões continuam fechando uma vez de segunda a sexta-feira e também aos domingos. Caso suba para o cenário laranja-risco alto, as macrozona fecham dois dias de segunda a sexta-feira e também aos sábados após as 13h e aos domingos o dia todo. Já no cenário vermelho-risco altíssimo, considerando 14 dias (duas semanas), a cidade tem o comércio fechado regionalmente por 10 dias, ficando apenas 4 dias abertos, de modo intercalado.

Segundo a Secretaria de Saúde de Aparecida os principais gatilhos para mudança de cenários são a taxa de ocupação de leitos de UTIs e o aumento de contágio entre a população. Nos últimos dias, a taxa de ocupação de leitos de UTIs públicas ficou entre 60 e 70% e os leitos privados em 100%. As decisões foram tomadas com o objetivo de preservar vidas e salvaguardar empregos e renda, conforme orienta a Organização Mundial da Saúde.

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