Diante do episódio desta semana em que fotos de um bebê, em um berço improvisado de caixa de papelão, foram divulgadas, esclareço que a situação realmente ocorreu em um plantão de final de semana, na Maternidade Marlene Teixeira (MMT). O objetivo dos profissionais que improvisaram a caixa como um berço foi de melhor atender e acolher o paciente naquele momento. Visto que, a demanda da unidade é muito maior que o número de leitos disponíveis.
A Maternidade é uma unidade de urgência e emergência e, por isso, não fecha as portas, nem nega atendimento. A atitude foi autorizada e aprovada por mim, além de ter sido realizada também com a aprovação da mãe, que entendeu a necessidade da situação e foi bem assistida, assim como a criança.
A unidade possui 13 leitos e está passando por processo de readequação e ampliação para 23 leitos. A Maternidade também está atendendo cerca de 30% a 40% a mais da sua demanda normal, já que as unidades de Goiânia estão com capacidades reduzidas, e Aparecida recebe também pacientes de vários outros municípios de Goiás.
Além disso, firmamos nos últimos dias uma parceria com hospitais privados, pactuados com o Sistema Único de Saúde, para enviar 150 encaminhamentos (pacientes) por mês. Em janeiro, a Maternidade realizava 70 partos por mês, atualmente são 130 partos. Com a ampliação de leitos, esperamos atingir o marco de 250 partos por mês.
É importante ressaltar também que foi uma situação esporádica, porque todos os leitos e berços estavam ocupados. Entretanto, quero parabenizar toda equipe de servidores da Maternidade Marlene Teixeira, em nome dos gestores da unidade, que mesmo diante das adversidades e dificuldades enfrentadas, não deixam de acolher, atender e receber todas as gestantes que chegam à Maternidade diariamente.
A equipe utilizou um método já reconhecido mundo a fora, em países como Finlândia, Reino Unido e Estados Unidos, para confortar mães e bebês. Depois das críticas que recebemos veio o reconhecimento em nível nacional, na reportagem publicada no portal de notícias UOL, trazendo análise de vários especialistas como Suzana Hazzan, que é pediatra referência no Brasil em neonatologia.
Mais uma vez, reitero publicamente meu agradecimento à equipe da MMT, corajosa e comprometida, também em nome da técnica enfermagem da unidade, que fez os berços de caixas com carinho e na intenção de acolher a criança.
Edgar Tolini
Secretário Municipal de Saúde
Médicos defendem uso de caixas em maternidade com falta de leitos
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Caixa de papelão para recém-nascidos
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