Crianças de Aparecida são beneficiadas com aparelhos modernos para controle da diabetes infantil

Por Polliana Martins

27 de outubro de 2022

Por Polliana Martins

27 de outubro de 2022


Foto: Rodrigo Estrela e Jhonney Macena

Programa Viver + Feliz melhora o controle da diabetes infantil em pacientes dos 4 aos 14 anos com mais conforto e precisão sem a rotina diária de furar a ponta dos dedos

O prefeito Vilmar Mariano e o secretário de Saúde Alessandro Magalhães lançaram, na manhã desta quinta-feira, 27 de outubro, às 9 horas, no Centro de Especialidades Municipal (CEM), mais uma iniciativa inovadora na Saúde Pública: o Programa Viver + Feliz de controle da diabetes infantil para usuários de 4 a 14 anos de idade. Ao longo do dia, em duas etapas, 51 crianças foram beneficiadas. A iniciativa consiste no fornecimento de um sensor aplicado na parte posterior superior do braço que mede de forma contínua as leituras da glicose e armazena os dados. O dispositivo causa menos incômodo às crianças porque evita as constantes picadas nos dedos com lancetas para aferição da glicemia, além de reduzir internações e propiciar melhor qualidade de vida e um monitoramento mais eficaz da doença.

No evento, o prefeito Vilmar Mariano salientou que “a cada dia temos melhorado a nossa Saúde Pública. A implementação desse sistema é mais um benefício para a população, uma demonstração de sensibilidade com as pessoas. Conversei há pouco com o menino João Pedro, ele me contou que já furou o dedo 4 a 5 vezes por dia, e agora vai passar a usar o dispositivo. Ficamos muito felizes de entregar esses aparelhos que vão facilitar a vida dessas famílias no tratamento da diabetes das crianças. Aparecida tem tratado a Saúde com muita responsabilidade, esse é o nosso diferencial, cuidar da população com muito carinho e amor.”

Menos dor, mais tranquilidade

O secretário de Saúde Alessandro Magalhães explica que as crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 precisam fazer várias medições glicêmicas por dia para controle da doença e ajustes da insulina, da dieta e das atividades do paciente. “Muitos precisam colher a gotinha de sangue para pingar na fita reagente de 4 a 6 vezes por dia, o que gera desconforto e dor. Então vamos fornecer este dispositivo para que essas crianças possam sofrer menos, ter a diabetes melhor controlada e ainda poderem brincar, nadar, tomar banho e praticar exercícios físicos com o sensor, ou seja, levar uma vida mais ativa e feliz”, aponta Alessandro.

Menos internações com aparelho de uso simplificado

“Imagine uma criança de 4 anos tendo que furar o dedo 4 vezes por dia, é um sofrimento. Já com essa nova tecnologia ela vai receber uma plaquinha, um adesivo no braço, e ali serão feitas as medições. Além disso, através dessa ferramenta acompanharemos a medição diária pelo aplicativo que o produto disponibiliza para a secretaria. E mais: por determinação do prefeito Vilmar Mariano vamos adequar a Central de Telemedicina para monitorar essas crianças”, acrescenta o secretário.

Alessandro Magalhães ainda frisa que o programa Viver + Feliz “certamente vai reduzir as internações de crianças com diabetes dentro do município. No ano passado, tivemos 292 internações do tipo que é possível evitar acompanhando, monitorando e dando um atendimento aprimorado para essas crianças. Para inserir alguém no Programa o responsável pela criança, se já tem a indicação de um endocrinologista para o aparelho, deve procurar a Farmácia Distrital levando documentos pessoais, comprovante de endereço de Aparecida, receita médica e relatório. Caso não tenha, deve ir até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação e encaminhamento para um endocrinologista, vai agendar e esse profissional vai avaliar qual é o melhor caminho para essa criança, se é indicado ou não o dispositivo, e aí vamos disponibilizar. ”

A coordenadora da Assistência Farmacêutica, Christiane Fausta Ferreira de Rezende, destaca que, para fazer o monitoramento, o paciente, seus pais ou responsáveis precisam apenas passar o leitor sob a superfície do sensor e a medida da glicose aparece na tela do aparelho: “É mais simples e indolor. As picadas nos dedos, que tanto assustam as crianças e podem causar dor local, não são necessárias para quem usa esse dispositivo, que também é eficaz para verificar a hipoglicemia noturna.”

Quem pode participar

O diretor da Farmácia de Alto Custo, Fabrício Alves de Camargo Morais, relata que o Programa abrange pessoas de 4 a 14 anos de idade com diabetes tipo 1 que serão orientadas a montar um processo de acordo com os protocolos do município para recebimento de dois dispositivos a cada 28 dias. Depois, já inserida no programa, a criança ou adolescente passa a receber acompanhamento trimestral no CEM com médicos endocrinologistas.

Entrega às famílias

Nesta manhã, no CEM, 30 crianças receberam os aparelhos, e, à tarde, mais 21 foram beneficiadas. Todas passaram por triagem, os pais ou responsáveis responderam um questionário detalhado de monitoramento e na hora da colocação do dispositivo os profissionais tiraram dúvidas das famílias e explicaram como usar o equipamento. As atividades da entrega foram organizadas pela equipe da coordenação de Governança Clínica da Secretaria Municipal de saúde (SMS), chefiada por Herica Leguizamon.

A apoiadora médica da coordenação, Kátia Bomfim, acompanhou os trabalhos e deu orientações técnicas para os familiares. Ao fim da entrega, cada criança ganhou um kit contendo um gibi da Turma da Mônica sobre diabetes, uma caneta e um
livrinho explicativo do dispositivo.

Tranquilidade para as famílias

Elisvane Oliveira de Souza, moradora do Madre Germana, estava com a filha Melca Lourenço, de 10 anos, que recebeu o dispositivo. A menina teve a diabetes tipo 1 diagnosticada há 2 anos e é acompanhada pela equipe do CEM: “Esse aparelho é muito bom, agora minha filha vai ter um controle maior, ela precisa furar o dedo várias vezes por dia e ainda tem as aplicações de insulina. Com o dispositivo é só uma vez para colocar e com ele será muito melhor pra qualidade de vida dela e pra glicemia não ficar oscilando. Também vamos poder descobrir qual é o alimento que aumenta mais a glicemia. Gostamos muito também da entrega do aparelho, tudo bem conduzido, organizado e explicado para a gente.”

Clésia Oliveira, moradora do Parque trindade, é mãe da pequena Ester, de 8 anos, diagnosticada com diabetes tipo 1 há quatro anos. Satisfeita com o Programa, Clésia elogiou: “Estamos sentindo tranquilidade em saber que o Poder Público tem abraçado as causas dos diabéticos e amparado as nossas crianças com tecnologia de ponta. Para uma criança em idade escolar é muito importante o sensor. A maioria das escolas não fazem os furos nos dedinhos, então a opção é mesmo o sensor para medir a glicemia. Hoje me sinto amparada pela Prefeitura.”

Já Ester comemorou o dispositivo: “Eu coloco o aparelho para viver, isso é que é importante. Porque eu amo a minha família, e é difícil pra minha mãe comprar, então ela me trouxe aqui e eu até pensei que ia fazer exame de sangue, mas era pra colocar o dispositivo. Com ele eu posso fazer bagunça e correr pra lá e pra cá. “

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