Descarte de objetos cortantes no lixo comum prejudica trabalhadores da coleta de Aparecida

Por Thiago Oliveira

5 de setembro de 2022

Por Thiago Oliveira

5 de setembro de 2022


Foto: Claudivino Antunes

Vidros, espelhos e agulhas ferem coletores, que podem ficar afastados do trabalho por até 15 dias

Os acidentes envolvendo objetos cortantes e perfurantes tem se tornado cada vez mais constantes em Aparecida de Goiânia. O descarte indevido de cacos de vidro, espelhos, agulhas e seringas ferem os coletores de lixo e isso faz com que eles precisem se afastar dos trabalhos. Por consequência, a equipe diminui e atrasa a coleta.

Além do perigo claro de corte e perfurações profundas, há o risco de infecções por decorrência dos lixos hospitalares descartados em lixo comum. A Prefeitura de Aparecida, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e a Vale Norte, empresa responsável pela coleta no município, alertam para a importância de se fazer o descarte correto dos resíduos para fortalecer a segurança dos catadores.

“O maior impacto é o risco de o colaborador adquirir alguma doença, no caso de ferimentos com agulhas e no caso de objetos infectados. Isso faz com que a equipe diminua, já que os atestados normalmente são de 10 a 15 dias, a depender da gravidade do corte”, afirma o gerente de unidade da Vale Norte, Wagner Pinheiro.

Pinheiro ressalta ainda que é importante garantir a segurança dos coletores e esse papel passa primeiramente pelo comportamento da população. “Os acidentes são recorrentes, por isso é importante deixar claro à população a importância do cuidado que devem ter com o profissional da coleta”, pontua.

O coletor Lucas Inácio da Silva conta que já se cortou em serviço por conta da acomodação inadequada de vidros. “Esse é o nosso grande vilão, sempre tem alguém que se machuca na coleta”, afirma Lucas. Durante a coleta de hoje no Setor Village Garavelo, ele recolheu diversas garrafas e um saco contendo cacos de espelho. “Na hora do trabalho a gente pega o lixo com velocidade, não vê o conteúdo e acaba se machucando”, afirma o coletor.

A diretora de Resíduos Sólidos da SDU, Larissa Brandão, indica algumas formas para o descarte correto de objetos cortantes. Tanto o vidro quebrado quanto as agulhas e seringas podem ser descartados de três formas diferentes, como explica Larissa.

A primeira delas é envolver o lixo em jornal, cortar uma garrafa pet ao meio, colocar os cacos dentro e cobrir com a outra metade da garrafa e por último, o descarte dentro de uma caixa de papelão. “O objetivo é sempre diminuir o contato do vidro com o saco plástico, pois por ser muito cortante, é aí que mora o perigo”, comenta Larissa Brandão.

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