Pacientes aparecidenses são curados com tratamento inovador de Hepatite C

9 de maio de 2017

9 de maio de 2017


Foto: Ana Clara Dias - SMS

Aparecida de Goiânia, 05 de dezembro de 2016 – Quinze pacientes que fazem tratamento ambulatorial de Hepatite C pelo Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS, Sífilis e Hepatites Virais, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) receberam diploma oficial de cura em Aparecida. O tratamento inovador é oferecido pelo Ministério da Saúde desde o final de 2015. Para comemorar, a equipe de DST organizou um café da manhã para os pacientes, na manhã desta segunda-feira (05), que puderam confraternizar e compartilhar a vitória de cada um.

A médica Patrícia Borges, responsável pelo tratamento dos pacientes, parabenizou cada um e leu uma mensagem durante a ocasião. “Tudo é impossível até alguém sonhar mais alto. E vocês fizeram isso, tomaram a medicação, seguiram à risca e lutaram pela cura de vocês. Portanto, nunca duvide da capacidade de vocês. Este é um passo inicial, que vai impulsionar lutas de outros pacientes”, disse Patrícia Borges, agradecendo também o apoio da Secretária de Saúde, Vânia Cristina Rodrigues, e da diretora de Vigilância Epidemiológica, Fernanda Fagundes.

Segundo a coordenadora do Programa de DST/AIDS, Sífilis e Hepatites Virais, Ana Paula Vieira, atualmente 200 pacientes fazem tratamento de Hepatite C na rede municipal, deste total, 60 fazem parte deste tratamento inovador do Ministério da Saúde. “Dos 60 que estão passando por esse novo tratamento 15 receberam diploma de cura e cinco estão aguardando resultado de exames finais, mas pelo acompanhamento que eles fazem a cura é praticamente certa”, contou a coordenadora.

O tratamento contra hepatite C dura em média de três a seis meses. “A gente fica emocionado porque até a 30 anos atrás era uma doença que não tinha cura e hoje estamos aqui, curados”, declarou emocionado, um dos pacientes presentes no café da manhã.

SOBRE A DOENÇA – De acordo com informações do Ministério da Saúde, o novo tratamento é composto pelos medicamentos daclatasvir, sofosbuvir e simeprevir. Possui uma taxa de cura de 90%, significativamente maior que todos os tratamentos utilizados até o momento. Outra vantagem é que todo o tratamento é oral, dando mais qualidade de vida e conforto ao paciente.

A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV). A transmissão ocorre, dentre outras formas, por meio de transfusão de sangue, compartilhamento de material para preparo e uso de drogas, objetos de higiene pessoal – como lâminas de barbear e depilar -, alicates de unha, além de  outros objetos que furam ou cortam na confecção de tatuagem e colocação de piercings.

Estimativas indicam que cerca de 3% da população mundial pode ter sido exposta ao vírus, sendo que parte dela desenvolve a infecção crônica, o que corresponde a 185 milhões de pessoas. No Brasil, estima-se, com base em estudos de soroprevalência, que entre 1,4 a 1,7 milhão de pessoas podem ter tido contato com o vírus, sendo a maior parte na faixa etária dos 45 anos ou mais.

Essa concentração em pessoas com mais idade ocorre porque até o início dos anos 1990 não existiam testes capazes de detectar o vírus da hepatite C em transfusões de sangue e os procedimentos de biossegurança em atendimentos médicos e odontológicos eram muito menos rigorosos que os atualmente empregados.

Muitos desconhecem que estão infectados, já que é uma doença silenciosa, e geralmente só apresenta sintomas em fases avançadas. “Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que toda pessoas com mais de 45 anos faça o teste para detectar o vírus da hepatite C que está disponível no SUS”, alerta Ana Paula Vieira.

O Brasil é um dos únicos países em desenvolvimento no mundo que oferece diagnóstico, testagem e tratamento universal para as hepatites virais no SUS, que é um sistema público, universal e gratuito. O país comandou a criação de um Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais (28 de julho) e lidera o movimento global de enfrentamento da doença.

 

 

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