Padilha cita Aparecida como exemplo no combate ao crack durante videoconferência nacional

9 de maio de 2017

9 de maio de 2017


Foto: Arquivo/ Secom

Aparecida de Goiânia, 07 de fevereiro de 2013 – Em videoconferência nacional realizada esta semana, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) destacou Aparecida de Goiânia como um dos poucos municípios, e estados, do país preparados com estrutura necessária à aplicação do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack, que até 2014 terá investimento de R$ 4 bilhões do governo federal.

“Façam como Aparecida, que já tem Caps III 24 horas e habilitou esta semana 2 equipes de consultório na rua, com resultados já acompanhados pela equipe técnica do ministério. Também vai inaugurar dois Caps infantis (um álcool e drogas e outro destinado à pacientes com transtornos mentais) e duas casas de acolhimento transitório”, enumerou, dirigindo-se aos prefeitos, governadores, secretários e coordenadores de Saúde Mental de todo o país que participavam da reunião em vídeo.

Toda essa estrutura, presente em Aparecida, é parte dos instrumentos recomendados pelo Ministério da Saúde para adesão ao plano e recebimento de recursos. E a falta de conhecimento das cidades e estados sobre a formatação dessa rede de assistência para o combate às drogas preocupa o ministério. A primeira casa de acolhimento que será inaugurada em março em Aparecida, por exemplo, deve ser também a primeira do país. Além disso, o município é o único de Goiás a contar com o Caps III, que realiza internação para desintoxicação de até 15 dias, dotado de uma estrutura de 10 leitos e equipe multidisciplinar, com psicólogos, psiquiatras, médicos e assistentes sociais.

“Temos hoje 640 pacientes acolhidos. Todos estão sendo acompanhados por vontade própria, depois de conhecerem e entenderem o modelo de tratamento proposto pelo Caps. A assistência se estende à toda a família, que, sozinha, nem sempre entende a situação do parente em transtorno e consegue ajudá-lo”, informou a coordenadora de Saúde Mental de Aparecida, Paula Cândida, que participou da videoconferência. “Dependentes e familiares participam de atividades em grupo e terapias que ajudam a promover a reinserção dos pacientes na família e na sociedade”, complementa.

Paula afirma ainda que uma das principais dificuldades, é a formação de equipes capacitadas. “O trabalho não é fácil e exige muito preparo e paciência. Felizmente em Aparecida, temos hoje 90% da equipe especializada em saúde mental e dependência química”, explica. Os outros 10% estão em processo de especialização. “Mas isso só foi possível porque o poder público municipal investiu nesse processo e seguiu as orientações técnicas do Ministério da Saúde”, alerta a coordenadora.

Rede de Assistência

Além das atividades desenvolvidas pelo Caps, a rede de assistência para o combate ao crack e outras drogas em Aparecida se completa com parcerias entre as demais secretarias, conforme preconiza o plano. Elas entram com reforços importantes, como capacitação de profissionais, ações integradas de segurança e o encaminhamento dos pacientes em recuperação para cursos, capacitações e até para o mercado de trabalho. “No momento estamos realizando reuniões com os organismos de segurança pública do município, como o Gabinete de Gestão Integrada Municipal, para o cumprimento dos demais eixos do Plano de Enfrentamento ao Crack”, ressalta Paula Cândida.

O município também está em fase de constituição do Comitê Gestor Municipal, que deverá ser composto por membros da administração municipal, especialmente das secretarias diretamente envolvidas na aplicação do plano. Articula ainda, junto ao Samu, a realização do atendimento conjunto de pacientes em surto. “Estamos trabalhando para que Aparecida tenha uma rede de atendimento redonda e para que a sociedade entenda que o dependente é uma pessoa doente. Pode ser um parente, um amigo de qualquer um de nós, e precisa de tratamento, não ser marginalizado”, completa.

A videoconferência presidida pelo ministro Alexandre Padilha contou com a participação dos ministros Tereza Campello (Des. Social), Marta Suplicy (Cultura), Aloízio Mercadante (Educação) e José Eduardo Cardoso (Justiça); gestores municipais e estaduais, entre eles o governador Marconi Perillo; e secretários de Saúde de todo o país. Por meio da coordenadora de Saúde Mental da SMS de Aparecida, Padilha mandou um recado ao prefeito Maguito Vilela e ao secretário Paulo Rassi. “Quero ser convidado para as inaugurações do município, imprescindíveis ao atendimento dos pacientes de Aparecida”, disse, acompanhado pelos demais ministros.

PLANO – Os R$ 4 bilhões previstos para o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack  serão aplicados em diversas ações de políticas públicas integradas, nos setores de saúde, educação, assistência social e segurança pública. “A responsabilidade de aplicação do plano é compartilhada com estados e municípios, que tem o compromisso de oferecer apoio às ações propostas”, enfatizou o ministro, que durante a conferência instruiu os gestores e cobrou mais empenho na elaboração de projetos para a implantação da estrutura necessária à implementação do plano em todo o país.

O atendimento será feito pelo Sistema Único da Assistência Social (SUAS) – organismo público, coordenado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que organiza de forma descentralizada os serviços socioassistenciais no Brasil. Os principais serviços disponibilizados pelo SUAS são divididos entre os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e os Centros de Referências Especializados para Atendimento da População em Situação de Rua (Centro POP).

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