Programa de Combate ao Tabagismo tem 90% de sucesso

Por Frederico Noleto

16 de abril de 2019

Por Frederico Noleto

16 de abril de 2019


Foto: Arquivo

O município de Aparecida tem voltado sua atenção de forma especial a todas as questões relacionadas à saúde e ao bem estar da população, incentivando a promoção de mudanças comportamentais para a prevenção de diversos tipos de doenças. O Programa de Cessação ao Tabagismo é um deles. A iniciativa oferece suporte de medicamentos e de equipe multidisciplinar para quem deseja abandonar o hábito de fumar. Mais de mil pessoas já foram beneficiadas com a ação.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), estima-se que Aparecida possui cerca de 40 mil fumantes com mais de 18 anos de idade. “Cerca de 90% dos inscritos em nosso Programa de Combate do Tabagismo, que participam até o fim das atividades propostas, que tem duração de seis meses, conseguem deixar o vício do cigarro. Em 2018, mais de 200 pessoas se inscreveram e a maioria absoluta dos que chegaram ao final conseguiu largar o hábito de fumar e agora estão usufruindo de todos os benefícios disso”, pontua a coordenadora de Agravos e Doenças Não Transmissíveis da Secretaria, Bruna Aniele.

Demétrio Giacomet foi um dos pioneiros do programa e conta como a ajuda foi essencial para ter força de vontade. “Parar de fumar é muito difícil, na verdade é imensurável. Por isso foi importante participar do grupo. Estar próximos uns dos outros acabou nos dando mais força. E o acompanhamento psicológico, o auxílio médico, as consultas com os cardiologistas e a terapia de grupo, fizeram toda a diferença. Aqueles que precisavam de atendimento individualizado tinham o apoio necessário. A prefeitura auxiliando de forma correta. Porque é muito fácil ir a uma farmácia e comprar os remédios, mas isso não resolve. Hoje faz 7 anos que parei de fumar e nunca mais voltei. Aproveitei para começar a malhar e hoje me sinto outra pessoa, muito melhor” – completa.

O programa

Ao todo, oito grupos ativos de Cessação ao Tabagismo estão espalhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Aparecida. As reuniões acontecem semanalmente. Os participantes realizam consultas psicológicas e também com cardiologistas e nutricionistas. Após um mês de adesão eles recebem medicamentos, como a Bupropiona e os adesivos de nicotina, que os auxiliam a deixar o vício. Os interessados em participar do programa devem procurar a UBS mais próxima de sua casa para se inscrever.

Leonardo Gonzaga de Souza conta que participar do programa foi a melhor coisa que fez na vida. “Já faz 4 anos que parei de fumar graças à ajuda desse programa. Eu fumava duas carteiras de cigarros por dia. No começo eu engordei alguns quilos, por causa da ansiedade. Mas hoje me sinto muito melhor do que quando fumava” – explica. Já Almir Ferreira da Silva, que ainda está em fase tratamento mas já conseguiu parar de fumar, recomenda o programa para todos os amigos. “Consegui largar o cigarro, graças a Deus. Parei há 3 meses. Costumava fumar uma carteira e meia todos os dias. Eu tinha pouco fôlego. Hoje minha vida é outra. Melhorou até meu apetite e minha disposição pra trabalhar. Também tenho dormido melhor. Sozinho eu não ia conseguir” – lembra.

O prefeito Gustavo Mendanha, que tem sido um ótimo exemplo na promoção da saúde e do bem estar por meio da prática de esportes e da reeducação alimentar, é um grande entusiasta do projeto. “É nossa obrigação promover uma saúde de qualidade e cada vez mais humanizada, mas como pais de família, também temos que dar o exemplo em casa. Principalmente porque quem fuma nunca prejudica apenas a própria saúde, mas a de todo mundo que está ao redor”, completa o prefeito.

De acordo com a psicóloga da SMS, Lígia da Fonseca Bernardes, cerca de 3% das pessoas que tentam deixar o vício em todo o mundo, com ou sem qualquer tipo de acompanhamento, têm êxito. “Isso ocorre porque a nicotina, presente no tabaco, ainda é a substância que mais causa dependência no mundo. Por isso o tabagismo é considerado um problema de saúde pública mundial e tem sido reconhecido como uma doença crônica, causada pela dependência química dos fumantes à nicotina”, explicou.

Os males

Estudos apontam que o tabagismo ainda é o mais importante fator de risco isolado para doenças graves e fatais. Ao todo mais de 50 tipos de doenças estão relacionadas ao hábito de fumar. As principais são o câncer de pulmão, de cavidade oral, de laringe, de esôfago, de estômago, de bexiga, de colo do útero e a leucemia; as doenças cardiovasculares e o enfisema. Dados da OMS revelam que fumantes têm 20 vezes mais chances de contrair câncer de pulmão quando comparados a não fumantes.

A Organização também destaca que o tabagismo afeta os não fumantes, que ao respirarem a fumaça de produtos derivados do tabaco em ambientes coletivos, como bares e feiras, acabam ficando sujeitas ao tabagismo passivo e também correm o risco de desenvolver doenças como câncer, infarto, infecções respiratórias e outras. Segundo o órgão, mais de seis milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo em razão do tabagismo. Desse total de mortes, 603 mil são causadas pelo tabagismo passivo. 28% desses óbitos são de crianças.

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