Saúde de Aparecida monitora casos suspeitos e confirmados de Monkeypox por Telemedicina

Por Camila Godoy

3 de agosto de 2022

Por Camila Godoy

3 de agosto de 2022


Foto: Ênio Medeiros

Com o aumento do número de casos suspeitos e confirmados de Monkeypox no território brasileiro, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) estruturou a Central de Telemedicina da cidade para monitorar os pacientes. Assim, todos aqueles que tiverem sintomas da doença e que sejam notificados em unidades de saúde passam a receber ligações da equipe médica da pasta. Essa estratégia já foi adotada durante a pandemia da covid-19 e demonstrou eficiência, oferecendo aos pacientes assistência, atestados e receitas de forma remota, evitando que eles circulem pela cidade e transmitam a doença.

O superintendente de Atenção à Saúde de Aparecida, Gustavo Assunção, explica que qualquer pessoa que tenha início súbito de febre, acompanhada de inchaço dos linfonodos do pescoço, conhecido popularmente como íngua, e erupções na pele deve procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação. “Os profissionais das UPA’s e Cais ou UBS’s vão avaliar os casos, realizar a notificação e, se necessário, encaminhar para realização de exame. A partir disso, todos os pacientes passam a ser monitorados pela equipe de Telemedicina da SMS”, completa.

Ele acrescenta que o diagnóstico da Monkeypox é realizado exclusivamente de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético: “O teste para diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes enquadrados na definição de caso suspeito. A amostra analisada é coletada, preferencialmente, da secreção da lesão. Quando as lesões já estão secas, o material a ser encaminhado são as crostas das feridas. As amostras estão sendo direcionadas para os laboratórios de referência”.

Tratamento da doença

O coordenador médico de Aparecida, Murillo de Castro, explica que os casos confirmados de Monkeypox são tratados com medidas para aliviar sintomas e prevenir e tratar complicações e sequelas. “Em caso suspeito da doença, deve ser realizado o isolamento imediato do indivíduo e o rastreamento de contatos. O período de isolamento do paciente só deve ser encerrado quando todas as lesões na pele desaparecerem por completo. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem em poucas semanas. No entanto, é possível a ocorrência de casos graves e óbitos”, informa

Situação da doença em Aparecida

A superintendente de Vigilância em Saúde de Aparecida, Daniela Ribeiro, informa que até o momento o município tem apenas três casos confirmados, mas está em alerta. “Desde o primeiro registro da doença no país intensificamos o trabalho de vigilância em Aparecida. Tanto que identificamos rapidamente os primeiros dois casos do estado de Goiás. Eles já receberam alta. Na última segunda, 1º de agosto, confirmamos o terceiro caso, que segue sendo acompanhado pela equipe da SMS”.

A gestora alerta a população para o fato da transmissão da Monkeypox entre humanos ocorrer principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados e fluidos corporais: “Apesar de ser uma doença que exige contato muito próximo e prolongado para transmissão de pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação, trata-se de um vírus com potencial epidêmico.”

Desinformação

Daniela Ribeiro ressalta ainda que, apesar do nome da doença, a Monkeypox não é transmitida por macacos: “embora ela tenha sido identificada pela primeira vez em macacos, o surto atual não tem relação com esses animais. Eles não são reservatórios do vírus”. Ela salienta também que a Monkeypox não é uma doença típica da homossexualidade como foi difundido em muitos locais: “já foi identificado no mundo todo que a transmissão entre humanos tem ocorrido principalmente por relações sexuais, mas é importante destacar que isso independe da orientação sexual. Via de regra, a transmissão por gotículas requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, membros da família e outros contactantes, pessoas com maior risco de contaminação”.

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