Saúde de Aparecida ressalta a importância do aleitamento materno no Agosto Dourado

Por Polliana Martins

4 de agosto de 2022

Por Polliana Martins

4 de agosto de 2022


Foto: Caudivino Antunes

No evento, os profissionais ressaltaram os benefícios físicos e emocionais do aleitamento para mães e filhos, tiraram dúvidas e orientaram as mulheres a buscarem ajuda na rede da Saúde para receber orientações e apoio

A Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) realizou na manhã desta quinta-feira, 4, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Santo André, uma roda de conversa para incentivar o aleitamento materno com a presença de dezenas de mães e gestantes. O evento reforçou a mobilização internacional Agosto Dourado, campanha criada em 1992 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e respaldada no Brasil pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria, dentre outras instituições.

A chefe de Ciclos de Vida da SMS, Amanda Faria, explicou que a sensibilização sobre o aleitamento materno é feita o ano inteiro na rede da Saúde, mas ganha mais força em agosto na mobilização temática, e acrescentou que “a amamentação é tão importante para a saúde da mãe quanto para a do bebê e também reforça a proximidade entre ambos, cria um vínculo muito salutar físico e psicológico. Por isso que nossas equipes trabalham, rotineiramente, em consultas multiprofissionais e nos grupos de gestantes, estimulando essa prática”.

Com o arrefecimento da pandemia, segundo Amanda, as ações coletivas nas unidades da Saúde têm sido retomadas gradativamente com cuidado e planejamento, como a iniciativa dessa quinta-feira, o que possibilita ainda mais ênfase nas recomendações sobre o aleitamento para as mães. “É fundamental sempre frisar, individualmente e para grupos, que o leite materno é recomendado como alimento exclusivo até os seis meses de vida da criança. Nesse período, ela não precisa nem de água porque esse leite é completo e supre as necessidades dos pequeninos”, enfatizou Amanda.

Desafio para a Saúde

Ela também lembrou um dado preocupante da OMS que aponta que, no Brasil, somente 39% dos bebês são amamentados apenas com o leite materno até os 5 meses de vida: “Precisamos superar esse desafio, que é também cultural. Os profissionais da Saúde têm o dever de orientar e apoiar as mães a amamentarem. Isso não é fácil, mas estamos focados em derrubar mitos sobre o aleitamento, encorajar as mulheres e ensiná-las as técnicas corretas de amamentação.”

Onde buscar orientação

A esse respeito, Amanda Faria aconselhou às mães e gestantes de Aparecida: “Vocês que têm dúvidas em relação ao aleitamento, que têm alguma dificuldade ou receio, procurem nossas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s). As equipes estão prontas e disponíveis para ajudar e assim podemos promover a amamentação em nosso município e fortalecer a saúde e o bem-estar das mães e das crianças. O leite materno inclusive contribui para evitar doenças como a diabetes e a hipertensão, dentre outros males. ”

Alimento que protege

Na ação da UBS Santo André, a mãe de 5 filhos Ana Carolina de Melo Fróes, 26 anos, estava amamentado o bebê Ayver de quase três meses. Cuidadosa, enlaçando o pequenino com os braços e o envolvendo num paninho macio, ela defendeu o aleitamento, prática adotada por ela com todos os filhos: “O leite materno é o melhor para a criança no primeiro semestre de vida. Amamentei meus filhos por cerca de dois anos, com alguns eu só parava quando engravidada de novo, isso é o melhor sempre. O leite alimenta adequadamente e durante a amamentação ficamos mais próximas dos filhos. Algumas mães já me contaram que o uso da mamadeira e dos bicos diminui o vínculo entre mãe e filho, nunca usei com os meus, somos muito apegados e todos estão sadios. Até para adoecer é difícil, durante a amamentação não pegavam nem gripe, diarreia e outras doenças.”

A mamãe Kênya Regina Alves dos Santos, 32 anos, que tem dois filhos, um menino e a bebê Emanuelly, de 3 meses, conhece, na prática, a diferença entre amamentar ou não os filhos. Quando teve o primeiro filho, ela teve problemas de saúde e não pôde amamentá-lo: “Agora, com a Emanuelly, estou bem e não abro mão de dar o peito para ela. Meu garotinho ficou na mamadeira e teve pneumonia, fraqueza e alguns problemas respiratórios provavelmente porque não foi amamentado. Agora minha filha terá mais saúde, amamentar é fundamental. ”

Kênya complementou destacando também as dificuldades enfrentadas por quem precisa trabalhar fora de casa e o apoio essencial dos profissionais de saúde: “A proximidade entre mãe e filho também é muito importante e às vezes precisamos voltar a trabalhar no período da amamentação, o que é difícil. Além disso, digo a todas as mães que busquem apoio caso tenham dificuldades no aleitamento. Eu tive essa ajuda, já na maternidade quando nasceu minha filha. Os médicos e enfermeiras me ensinaram a pegar no bico do peito, a fazer tudo da melhor maneira e isso foi muito importante. Tirem suas dúvidas e tentem amamentar o máximo que puderem. ”

Parcerias do evento

A roda de conversa na UBS Santo André foi promovida pela SMS em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a Sociedade Goiana de Pediatria, o Banco de Leite Humano do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), a Coordenação Meninas de Luz da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), a Associação de Doulas do Estado de Goiás, o Comitê Estadual de Aleitamento Materno e a Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Goiás (UFG). Após as palestras e conversas, as mães ganharam um lanche nutritivo e participaram de sorteios de brindes.

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