SMS atualiza profissionais sobre estratégias de prevenção e combate à transmissão do Sarampo no município

Por Frederico Noleto

17 de setembro de 2019

Por Frederico Noleto

17 de setembro de 2019


Foto: Frederico Noleto

Apesar de nenhum caso de sarampo ter sido confirmado em Aparecida, as equipes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estão totalmente mobilizadas e capacitadas para lidar com possíveis casos da doença. A fim de discutir as novas estratégias de prevenção e de combate à transmissão do vírus, a Superintendência de Vigilância em Saúde promoveu na última segunda-feira (16) uma atualização voltada aos profissionais que atuam na rede. “Trata-se de doença altamente contagiosa e a confirmação de apenas um caso já é suficiente para ser considerado como surto. O Brasil vive essa situação em alguns estados, inclusive Goiás, porque já foram confirmados alguns casos. Em Aparecida nenhum caso foi confirmado mas devemos todos estar em alerta” – pontua Luzia Oliveira, coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município.

A capacitação foi realizada na Superintendência da Escola de Saúde de Goiás (SEST-SUS) e reuniu cerca de 300 profissionais que atuam nas unidades de Aparecida, entre médicos e enfermeiros. “No início do ano o Brasil perdeu a certificação de país livre da doença, conferido pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS) porque constatou-se a circulação de um genótipo e essa circulação deu-se por mais de um ano. No entanto, a estratégia de vacinação atualmente estabelecida no país já demonstrou ser capaz de interromper a circulação desse vírus quando atingidas coberturas vacinais adequadas. Portanto, basta um pouco mais de atenção por parte de todos para erradicarmos novamente este mal” – explica o epidemiologista do Ministério da Saúde, Fabiano Marques, conferencista da capacitação.

“Os casos suspeitos de moradores da cidade já foram investigados e nenhum foi confirmado, mas precisamos estar em alerta e mobilizados. Sabemos que a situação que o Brasil vive é devido à situação vacinal das pessoas. E a prevenção é a vacina Tríplice Viral. Infelizmente as pessoas deixam para procurá-la quando já estão em situação de alerta. Nossa orientação é que procurem se manter vacinadas e imunizadas de uma forma geral, não apenas contra o sarampo e não apenas em períodos de surtos. Pedimos que todos procurem as unidades com o cartão de vacina e passem por uma avaliação para saber quais vacinas precisam ser tomadas” – lembra Luzia.

A doença
O Sarampo é uma doença viral aguda similar a uma infecção do trato respiratório superior. É considerada grave, principalmente em crianças menores de cinco anos, desnutridos e imunodeprimidos. A transmissão do vírus ocorre a partir de gotículas de pessoas doentes ao espirrar, tossir, falar ou respirar próximo de pessoas sem imunidade contra o vírus sarampo. “O plano de eliminar o sarampo começou em 1968 quando a vacina passou a ser compulsória dentro das campanhas vacinais. Em 2015 recebemos o certificado de eliminação da rubéola. O do sarampo veio apenas em 2016. No começo de 2019 perdemos essa certificação. Existem várias hipóteses sobre o motivo da volta da circulação do genótipo no Brasil por isso é injusto e precipitado afirmar que isso se deve por conta de países vizinhos” – completa o epidemiologista do Ministério da Saúde.

Protocolo
A coordenadora explica que todas as equipes de Saúde do município, das redes pública e privada, estão orientadas quanto às formas de prevenção e de atendimento diante de casos suspeitos. “Ao se deparar com um caso suspeito, essa pessoa deverá ser isolada dentro da própria unidade de saúde. Os atendentes devem comunicar a Vigilância Epidemiológica que tomará as medidas cabíveis, como o bloqueio e a coleta de exames específicos e orientações em geral”. Os profissionais que não foram vacinados precocemente com a Tríplice Viral estão sendo orientados fazê-lo. Bloqueio é o nome dado a uma série de medidas que visam interromper um ciclo de propagação de uma doença infecciosa. Para isso é realizada uma investigação para se averiguar quais pessoas tiveram contato com o caso suspeito para que sejam vacinadas. Se necessário uma equipe se dirige até elas para que sejam imunizadas.

O fluxograma de atendimento orienta os profissionais das unidades de atendimento para que comuniquem imediatamente cada caso suspeito à Vigilância Epidemiológica, que deverá orientá-los sobre as normas de conduta para a coleta de sangue e demais materiais para exames. “A pessoa deverá usar máscara cirúrgica e ser isolado do contato com demais pacientes. A vacinação de bloqueio deve ser realizada nas pessoas que tiveram contato com esse paciente em até 72h. Ao receber alta, os profissionais devem orientá-lo a entrar em contato com a Vigilância Epidemiológica antes mesmo de procurar uma unidade de Saúde pelos telefones 3545-6061, 3545-5437 e 3545-4875 caso os sinais e sintomas não cessem” – completa.

Profissionais debatem estratégias de prevenção e combate à transmissão do sarampo

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