Vilmar Mariano assina ordem de serviço para restauração da Igreja Matriz

Por Rodrigo Augusto e Rafael Freitas

25 de janeiro de 2023

Por Rodrigo Augusto e Rafael Freitas

25 de janeiro de 2023


Foto: Jhonney Macena

 

Projeto estabelece a restauração dos aspectos físicos, artísticos e patrimoniais do Monumento Histórico e Cultural de Aparecida

O prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano, assina nesta quinta-feira, 26, às 19h30, na Praça Matriz, a ordem de serviço para restauração da Paróquia e Santuário Nossa Senhora Aparecida. Na ocasião, o arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom João Justino, irá presidir Missa Campal em Ação de Graças. 

Para realização das intervenções foi realizado levantamento dos aspectos históricos, artísticos, ambientais e antrópicos que influenciam o estado de conservação da igreja, além das principais alterações e patologias do Monumento, com identificação de agentes e as causas que geram as alterações, possibilitando a construção de um modelo igualmente fiel as edificações.

O projeto estabelece a restauração das características físicas e construtivas e patrimoniais da igreja, observando o conjunto de elementos necessários à preservação da edificação, além de melhorias na parte elétrica, hidráulica, estrutural e de conservação do Monumento. A igreja também vai ganhar novo sistema de sonorização e videomonitoramento.

Para execução das obras as propostas de restauração foram aprovadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mediante Termo de Referência, que estabelece as exigências técnicas e a metodologia para contratação de Serviços Técnicos de Arquitetura e Restauração para o Monumento. A Paróquia e Santuário Nossa Senhora Aparecida está protegida por lei específica de tombamento federal por ser patrimônio cultural do município pela Municipal nº 564, de 16 de dezembro de 1985, inscrito no Livro de Tombo sob o nº 07/2019, de 19 de setembro de 2019.

Inaugurada em 11 de maio de 1924, dois anos depois da criação de Aparecida, a igreja está localizada à Praça Matriz, na área central da cidade de Aparecida de Goiânia. Sua implantação, em praça plana, constitui-se em marco referencial para a cidade – que em 2022 celebrou 100 anos de fundação. Tais características permitem enquadrá-la como exemplar de arquitetura neocolonial.

Obras de restauração

As obras de restauração do Santuário e Paróquia Nossa Senhora Aparecida serão iniciadas ainda nesta semana. A previsão da empresa é de que as intervenções sejam executadas em até 12 meses, conforme estabelece contrato com a empresa licitada. 

Durante as obras, as missas e demais atividades da igreja serão realizadas no Salão Paroquial e o prédio ficará cercado por tapumes.

As obras estão orçadas em R$ 1,5 milhão oriundos de emendas parlamentares dos deputados federais Professor Alcides e Francisco Júnior com contrapartida da Prefeitura de Aparecida. 

A igreja

Especificamente, na região central de Aparecida, as terras correspondiam às fazendas de José Cândido de Queiroz e João Batista de Toledo. A região era denominada Lages, em alusão ao ribeirão que cortava a Fazenda Tangará, propriedade de um dos fundadores da localidade.

Naquela época, as missas eram celebradas nas fazendas pelos padres da Paróquia de Trindade, sendo um desejo dos moradores locais possuírem a própria igreja. Segundo manuscritos de Benedito Silvestre de Toledo, em 20 de março de 1922, houve uma reunião de fazendeiros na Fazenda de José Cândido, com a presença do Padre Francisco Wend, que ali estava para rezar a missa. Estavam presentes quatro fazendeiros que, de comum acordo, decidiram erigir uma igreja dedicada à Nossa Senhora Aparecida, a partir de contribuições e doações de terra.

Foi escolhido para a construção da igreja o ponto mais alto de terras doadas, considerado de fácil acesso à população. O Cruzeiro, doado por Aristides Frutuoso, foi fincado no local dia 3 de maio de 1922. No local, uma capela foi improvisada em um rancho de palha, inaugurada com missa campal rezada no dia 11 de maio de 1922 pelo Padre Antão. No mesmo ano começou a construção da igreja com auxílio do povoado.

A igreja foi erguida com materiais encontrados na própria região, doados pelos benfeitores da obra. Coberta em telhas cerâmicas tipo capa e bica, alvenarias de adobe, estrutura autônoma de madeira aroeira e assoalho em tábuas. A iluminação era a querosene.

A imagem de Nossa Senhora Aparecida foi doada por padres redentoristas e o altar, que era menor, foi feito por irmãos artesãos. Um novo altar foi feito em Campinas, tendo sido buscado por José Cândido Filho em duas viagens de carro de boi.

Embora a igreja tenha sido executada já na segunda década do século XX, seu partido e solução formal-estilística guardam semelhanças com as soluções adotadas nas antigas matrizes das regiões mineradoras de Minas Gerais e Goiás ao longo do século XVIII: torre única central, partido retangular em dois blocos, sendo o primeiro bloco mais alto, com nave central incorporando a capela-mor; e o segundo bloco ladeado pelo volume mais baixo que corresponde às naves laterais e sacristia, contornando todo o volume principal.

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